quinta-feira, 17 de maio de 2012

Luan Santana diz falar de amor 'sem apelar tanto'

Ele comenta mania de gírias como 'Tche tcherere tche tchê' no sertanejo.
G1 faz teste com cantor, que tenta acertar intérpretes de modas de viola.

Gusttavo Lima canta que "vai rolar o tche tcherere tche tchê". A dupla João Lucas & Marcelo ficou famosa ao querer o "Tchu" e o "Tcha". João Neto & Frederico sabem fazer o "Le le lê". E por aí vai. Longe dessas expressões, associadas a sexo e farra, Luan Santana critica palavras esquisitas que viraram mania no sertanejo. "Existem outras formas de falar de amor sem apelar tanto", diz ao G1.

"Quando Chega A Noite", novo disco de Luan, chegou ás lojas em abril. O rapaz, porém, revela que tem o "sonho" de gravar um CD só com "sertanejos antigos" de gente como Trio Parada Dura e Tião Carreiro & Pardinho.

Para checar o conhecimento do rapaz, o G1 fez um teste no qual Luan acertou a maioria dos intérpretes de sucessos sertanejos dos anos 60 e 70. "São músicas complexas, a história é bonita. São letras do fundo do coração", elogia.

G1 - Hoje no sertanejo há expressões esquisitas. Tem 'Tchu tchu tcha', 'Lelelê', 'Tche tcherere tche tchê'. Mas você nunca se aventurou por essa onda. Por quê?

Acho que não tem muito a ver comigo. Respeito, lógico, o trabalho de todo mundo. O sertanejo hoje vive um momento maravilhoso. Mas é uma coisa que não tem a ver comigo. Existem outras formas de falar de amor sem apelar tanto, sem falar uma linguagem que leva para o lado do sexo, entendeu?

G1 - Então não há chance de uma expressão dessas, que obviamente querem dizer sexo ou algo próximo a isso, aparecer na sua música?

Não tenho essa pretensão. O meu caminho é diferente.

G1 - Por que todo sertanejo hoje só lança disco ao vivo?

Então, boa pergunta. É mais medo de fazer o contrário, do que gostar do negócio ao vivo mesmo. Se for ver, a qualidade musical sem os gritos, sem aquela coisa ao vivo, é muito maior. Por mim, gravaria só CD acústico, em estúdio. Mas virou uma mania. Na rádio, se não tem o grito... A galera tem aquela coisa também: se está todo mundo cantando, significa que é sucesso, eles acabam indo atrás da música também.

G1 - Você acha que o disco é um pouco mais sério, é menos 'pra cima' do que os anteriores?

Ele é um pouco mais profundo, menos superficial. O jeito de falar de amor é diferente. Tem mais músicas profundas do que em outros projetos meus. É lógico que também não posso ir totalmente para lá. O maior desafio de todo artista é lançar um trabalho e conseguir inovar sem sair do que você já vem fazendo. Tem música que remete aos CDs passados como "Único", que é meio que a "Adrenalina" deste disco; "Nega" tem uma linguagem direta para os fãs, chamo minhas fãs de nega. Mas ele tem mais músicas sérias do que os outros.


Fonte: G1

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